Mindelact 2006 - Sal e S. Nicolau no Off
Reflectindo sobre os trabalhos apresentados pelo Grupo de Teatro B’Leza de S. Nicolau e Grupo de Teatro Estrelas do Sul da ilha do Sal, O patrão e suas maldades e Sim, sim, não, não, respectivamente, questiono em que formato e com que objectivos se realiza o Off. Pela qualidade dos trabalhos apresentados facilmente chego á conclusão da validade da expressão «O importante é participar!!!». Poderá parecer um pouco redutor este raciocinio, mas ressalvo que o Festival Mindelact possui nos seus mais nobres objectivos a criação de oportunidades de encontro dos grupos das várias ilhas e troca de experiências, o que muito positivamento aclamo.
Mas partindo para outras reflexões, estes dois grupos apresentaram-se muito frágeis ao nível de trabalho cénico. Repetindo o que tem sido prática corrente, basearam as suas performances em improvisação. E aqui faço um parêntese, nesta questão da improvisação. É importante percebermos que para improvisar temos que dominar as ferramentas de improvisação. Assim como o músico que domina as pautas, as melodias, as medidas do seu instrumento; como o bailarino que domina as unidades do seu corpo e do seu movimento e só assim partem para a improvisação, também o actor tem que dominar tudo o que está subjacente á arte da representação para poder mergulhar num exercício de improvisação, senão corre o risco da mediocridade em cena. Já nos cansa a piada fácil, já se esgotaram todos os clichés, é momento de percebermos em que mar navegamos. Mas se estes espectáculos pecaram pela pouca exigência cénica e interpretativa, ganharam pela energia e vitalidade dos potenciais actores. A encenação esteve ausente, a cenografia esteve ausente, a luz esteve ausente. O que restou foi um momento lúdico á volta dum tema preconcebido, com o que isso possa ter de entretenimento. Os actores que interpretaram os protagonistas de ambos os espectáculos possuem uma boa energia e uma entrega interessante, o que me leva a querer vê-los num projecto exigente, pois têm capacidade para ir mais longe. Mas ficou o «soube a pouco» como eco destas peças.
Mas partindo para outras reflexões, estes dois grupos apresentaram-se muito frágeis ao nível de trabalho cénico. Repetindo o que tem sido prática corrente, basearam as suas performances em improvisação. E aqui faço um parêntese, nesta questão da improvisação. É importante percebermos que para improvisar temos que dominar as ferramentas de improvisação. Assim como o músico que domina as pautas, as melodias, as medidas do seu instrumento; como o bailarino que domina as unidades do seu corpo e do seu movimento e só assim partem para a improvisação, também o actor tem que dominar tudo o que está subjacente á arte da representação para poder mergulhar num exercício de improvisação, senão corre o risco da mediocridade em cena. Já nos cansa a piada fácil, já se esgotaram todos os clichés, é momento de percebermos em que mar navegamos. Mas se estes espectáculos pecaram pela pouca exigência cénica e interpretativa, ganharam pela energia e vitalidade dos potenciais actores. A encenação esteve ausente, a cenografia esteve ausente, a luz esteve ausente. O que restou foi um momento lúdico á volta dum tema preconcebido, com o que isso possa ter de entretenimento. Os actores que interpretaram os protagonistas de ambos os espectáculos possuem uma boa energia e uma entrega interessante, o que me leva a querer vê-los num projecto exigente, pois têm capacidade para ir mais longe. Mas ficou o «soube a pouco» como eco destas peças.
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